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  • Foto do escritorThiago Rosa

Os jogos de tabuleiro de D&D

Atualizado: 9 de abr. de 2023


Desde o seu lançamento, a quarta edição de Dungeons & Dragons sofreu críticas sobre ser um jogo de tabuleiro em vez de um RPG. Aprendendo a transformar feedback negativo em algo positivo, a Wizards of the Coast lançou em 2010 o D&D Adventure System, uma série de jogos de tabuleiro baseados na quarta edição de D&D, começando por Castle Ravenloft.


Jogos de Aventura

Os jogos que compõem o Adventure System são chamados coletivamente de jogos de aventura (adventure games) nos EUA. Eles surgiram pouco depois dos RPGs, com o Dungeon! da TSR de 1975.


Esses jogos têm, em geral, a premissa de exploração de ambientes hostis, contando com temáticas cada vez mais diversas ao longo dos anos. Em geral são jogos cooperativos, entre 1 e 5 jogadores (sim, você pode até explorar masmorras sozinho!), mas muitos incluem alguns elementos competitivos. Exemplos incluem Descent: Journeys Into the Dark e Runebound.



D&D Adventure System

Os jogos do Adventure System são baseados no D&D 4e, então você vai encontrar poderes (at-will/utility/daily), raças e classes familiares, HP, AC, Speed e Healing Surges. O esforço no design feito para manter o jogo familiar aos jogadores de D&D é evidente, começando pelos temas dos jogos que compõem o Adventure System – Castle Ravenloft, Wrath of Ashardalon, Legend of Drizzt, Temple of Elemental Evil, Tomb of Annihilation, Dungeon of the Mad Mage; sendo um fã de D&D, você certamente vai reconhecer pelo menos uma das aventuras mais clássicas de todos os tempos, o dragão mais famoso da terceira edição e o herói mais famoso de Faerun.


Todos os jogos são compatíveis entre si. Você pode usar praticamente qualquer elemento de um jogo em outro e pode inclusive usar esses elementos para criar suas próprias aventuras; fiel ao espírito criativo do D&D, a Wizards incluiu nos jogos elementos que não são usados em nenhuma das aventuras nos livretos, para atiçar a curiosidade dos jogadores. Na época do lançamento de Wrath of Ashardalon, foi disponibilizada no site da Wizards uma aventura crossover usando elementos de Ravenloft e Ashardalon. Você pode encontrá-la na página oficial da Wizards.


O jogo propriamente dito é bem simples. Você começa escolhendo que aventura vai jogar, de livretos que acompanham cada jogo; você faz o setup da aventura, que normalmente vai envolver embaralhar os tiles e separar um vilão. Depois você escolhe seu herói; eles costumam ser 5, mas Legend of Drizzt tem 8; nada te impede de usar heróis de um jogo em outro. Na ficha de cada herói você vai encontrar instruções de como fazer o setup dele, escolhendo seus poderes. Cada aventura também pode dar instruções adicionais; é comum que cada herói comece com uma carta aleatória de tesouro.


Quando o jogo começa de fato, você divide o turno em três fases. Na Hero Phase você ataca e se move, na Exploration Phase você coloca mais tiles no mapa e na Villain Phase os monstros atacam e outras coisas ruins acontecem, na forma das Encounter Cards. Como não existe a figura de Dungeon Master, cada monstro tem uma série de instruções sobre o que faz dependendo da situação do tabuleiro. Monstros repetidos são especialmente perigosos, já que todos os monstros do mesmo tipo são acionados durante a Villain Phase. Então se você e seu amigo tirarem a carta do troll, pode ter certeza de que vocês estão em apuros!

Quando você mata monstros, você ganha uma carta de tesouro e o grupo ganha XP, que serve para duas coisas. Você pode gastar 5 pontos de XP para anular uma carta de encontro; caso tenha rolado um 20 em uma rolagem de ataque, pode gastar 5 pontos de XP para passar de nível, ganhando mais HP e mais poderes. As cartas de tesouro vão desde pequenos itens úteis, como uma poção de cura até armas famosas como a espada vorpal e a vingadora sagrada.


Úteis na sua mesa de RPG

Um fator que pode atrair muitos jogadores de D&D para o Adventure System são as miniaturas e os tiles. Eles são feitos na mesma escala do D&D e portanto são compatíveis com o RPG. Trazendo cerca de 40 miniaturas em cada caixa (sem nem contar os tiles), qualquer um dos jogos é uma excelente forma de começar sua coleção de minis ou ampliar sua coleção atual. Inclusive, muitas das miniaturas dos jogos usam as mesmas esculturas de miniaturas da linha antiga D&D Miniatures e/ou do Dungeon Command. Para quem gosta de dungeons aleatórias, o jogo também é um prato cheio – você pode gerar uma dungeon usando as regras do jogo e depois utilizá-la no seu jogo de D&D ou Pathfinder.

Miniaturas de heróis e suas versões pintadas de outras linhas de jogo.


Verdadeiros heróis ganham esculturas novas de tempos em tempos.


Misturando as cartas e miniaturas de um jogo com o outro, pode parecer fácil confundir de onde veio qual coisa. Felizmente, todas as cartas e miniaturas possuem pequenas marcações que indicam seu jogo de origem.


No Brasil

Em 23 de setembro de 2014, foi anunciado que a Wizkids assumiria a produção dos jogos de tabuleiro de D&D. Desde então, foram lançados três títulos: Temple of Elemental Evil, Tomb of Annihilation e Dungeon of the Mad Mage. Esse último foi o primeiro a chegar ao Brasil, numa versão traduzida, A Masmorra do Mago Louco, através da Galápagos Jogos.




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