Oi pessoas de domingo que por ironia do destino estão olhando um grupo de RPG em vez de jogando RPG.
Hoje meu post vai ser bem pequenininho (não), quero só propor um exercício de criatividade pra vocês, depois de citar brevemente um tópico:
O D&D 5e tem poucas opções de customização?
Postagem original no Grupo Pensando Dungeon and Dragons
Bem, primeiro eu quero dizer que ter "menos" opções de customização não é a mesma coisa de ter "poucas" opções de customização. Sim, D&Ds anteriores e vários outros sistemas têm mais opções de customização que o D&D 5e, porém o D&D 5e não tem poucas opções de customização.
O D&D 5e, na realidade, tem opção de customização pra caralho; o que ele não tem se chama "opções de customização que os jogadores querem usar".
A maior parte dos jogadores desse sistema querem fazer um personagem otimizado, seja por quererem jogar uma aventura pronta (que, se jogada como o livro sugere, PRECISA de personagens otimizados), seja pelo mestre pegar pesado, ou simplesmente por eles preferirem dar 20 de dano em vez de 15.
"Falou tudo! Perfeita como sempre! Eu concordo, as pessoas hoje em dia só pensam em comb..."
AH, PODE IR PARANDO AÍ, eu sei que algum de vocês ia falar isso, e não foi isso que eu disse. As pessoas que querem otimizar os personagens não são a mesma coisa que "combeiros", eu não tenho nada contra combos e as aventuras prontas precisam de personagens otimizados pra funcionar; Além disso o D&D, como sistema, é muito focado em combate, e é aceitável que todos queiram se sair bem no ponto principal do sistema.
O problema é que isso nos deixa com poucas opções.
Usar chicotes? Esquece. Se quiser ser ótimo com chicotes você vai ter que pegar raça, classe, multiclasse e talento voltados pra isso, não vai te sobrar muita opção.
Multiclasse com mago? É, dá pra não ser horrível se for bladesinger. Multiclasse com bruxo? Quase sempre ou vai ser o hexblade, ou você perdeu potencial.
E aí tem os talentos, que são divididos entre os que são bons em qualquer situação e os que só vão ser úteis se o mestre for muito criativo e estiver sempre colocando os jogadores em situações completamente novas e inusitadas — tipo o Tavern Brawler, que seria perfeito pra aquela quest de Skyrim que te jogam desarmado numa mina. Talvez também seja útil caso seu hobby seja ser escravizado por drows.
A questão é que a maior parte das opções de customização do D&D criam personagens com valor de combate entre o "inútil" e o "situacional" e, por melhor que o conceito deles pareça, por mais interessantes que sejam, a gente sabe que vão nos dar mais raiva do que diversão no curso do jogo.
Com o passar dos anos jogando D&D nós vamos nos acostumando a nem lembrar mais dessas opções não-otimizadas, e isso acaba podando a criatividade... o que não é bom, a menos que você goste apenas de jogar e mestrar o inflexível "RAW".
Muitas dessas opções "ruins" de personagem podem se tornar boas e divertidas com um mínimo ajuste do mestre em um dado de dano, uma permissão ou até mesmo na criação de uma história que dê ao seu personagem a chance de brilhar!
Atenção: não me responsabilizo por casos de grupos que possuem alguém com Tavern Brawler sendo escravizados por drows.
E agora, ao exercício de criatividade!
Então vou propor a vocês que escrevam aqui no post sobre personagens que queriam criar, mas não criaram por ele acabar ficando fraco por causa do sistema; personagens que vocês queriam criar de uma maneira, mas infelizmente tiveram que trocar muito do conceito dele para que ele fosse útil; e personagens que vocês nunca nem pensaram em criar por sempre pensarem só dentro do que é útil, mas que agora pensam que poderia ser um conceito divertido.
Ah, é, mas tentem ficar dentro das regras do D&D e dentro do cenário do D&D: personagens que são possíveis de se criar, e que só não são criados por não serem otimizados. Nada de "eu queria lutar com quatro espadas de duas mãos ao mesmo tempo", por favor.
Mas então... qual sonho de conceito divertido de personagem a falta de otimização matou pra você?
Queria "emular" o Simon Belmont como um guardião caçador de monstros, mas com 1d4 de dano cortante com um chicote chega a ser ridículo.
Eu não entendo quem não comba na quinta edição. Pq deve ser um saco você esperar os 5 ou mais turnos do do mestre e dos outros jogadores para chegar a sua vez você jogar um d20 -1(torcer para o dado te ajudar pois sua ficha não te ajuda) errar o ataque e é isso não tem mais nada para fazer... Não combar ou otimizar na 5e é frustrante... Se discorda me diga quão divertido é jogar com um Guardião( vai ser difícil se acostumar com essa, ranger , patrulheiro) baseado em inteligencia em combate. Lembrando que combate é um dos pilares do jogo, logo ter sua ficha em direção contraria ao combate vai fazer com que suas decisões não sirvam pra…